"Tem havido um progresso significativo nos direitos das mulheres e raparigas moçambicanas", lê-se na edição deste ano do relatório da HRW sobre os direitos humanos, que aponta, no entanto, as dificuldades de controlo da zona norte do país, que levou as autoridades a tentarem impedir a presença de jornalistas e de ativistas que documentem os ataques de grupos armados.

"Os jornalistas e ativistas continuam a enfrentar intimidação e assédio, e tem havido uma falta de responsabilização pelos crimes do passado", escrevem os peritos da HRW no capítulo do relatório dedicado a Moçambique, no qual salientam ataques e detenções de vários jornalistas no norte do país, o cerco à sede da organização Centro de Integridade Pública no seguimento da campanha contra o pagamento das chamadas 'dívidas ocultas' e as irregularidades no processo eleitoral que reelegeu Filipe Nuysi como Presidente de Moçambique, em outubro passado.