
A Direcção Regional da Saúde, no âmbito do Dia Internacional da Saúde Feminina, assinalado a 28 de Maio, alerta que, "no presente, as mulheres alcançaram uma esperança média de vida superior aos homens, mas adoecem mais".
Em nota emitida, o organismo público destaca a importância de promover a consciencialização da sociedade sobre questões relacionadas à saúde e às condições de vida da mulher, tais como a saúde sexual e reprodutiva, a mortalidade materna e o cancro da mama, apelando à promoção do autocuidado e da vigilância de saúde na mulher.
"A vulnerabilidade feminina a determinadas doenças pode manifestar-se de várias formas, relacionada com fatores biológicos (devido à sua anatomia, fisiologia e ciclo reprodutivo), comportamentais, psicológicos, sociais e culturais, e ao impacto de desigualdades e violência", explica a DRS, apontando que a existência de doenças e sintomas exclusivos das mulheres obrigam a uma vigilância de saúde atenta e sobretudo a um investimento específico na prevenção.
Entre as principais doenças que afectam o sexo feminino, a DRS destaca as doenças malignas, tais como cancro da mama e cancro do colo do útero, assim como as doenças benignas, com um impacto significativo na qualidade de vida, tais como miomas, endometriose, infeções urinárias e vaginais e a depressão, a fibromialgia e a obesidade.
Face à importância da promoção da literacia em saúde sobre a saúde feminina em todas as etapas da vida, a DRS recomenda a adopção de acções promotoras do autocuidado em saúde e bem-estar e a realização da vigilância de saúde regular, em resposta às suas necessidades específicas. Entre as principais recomendações preventivas estão a evicção do consumo de bebidas alcoólicas e do tabaco, a prática regular de exercício físico, a adopção de uma alimentação variada e equilibrada, o cumprimento dos esquemas de vacinação recomendados (incluindo as vacinas contra a gripe, hepatite B e o vírus do papiloma humano), o uso adequado de métodos contraceptivos e preservativo, a realização dos rastreios ao cancro do colo do útero e ao cancro da mama, bem como a participação em consultas regulares de vigilância da saúde da mulher, incluindo planeamento familiar, acompanhamento da gravidez e da menopausa.