O decreto, assinado pelo primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, foi hoje publicado no portal de informações jurídicas do Governo russo, em cumprimento a uma proposta de medidas restritivas à mobilidade diplomática norte-americana, formulada pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

A Rússia respondeu assim às sanções impostas em 15 de abril pelo Governo de Joe Biden, que incluíram a classificação de dez diplomatas russos como "pessoas não gratas" e medidas contra funcionários russos, organizações e empresas de espionagem cibernética, por interferência eleitoral em 2020 e pelo papel da Rússia em Ucrânia.

De acordo com a agência espanhola EFE, Moscovo pagou na mesma moeda, expulsando dez diplomatas, apresentando uma 'lista negra' de funcionários norte-americanos e anunciando o processo de denúncia do acordo revogado hoje, que regulamenta a mobilidade dos diplomatas para restringir seus movimentos fora da capital do país.

Ao anunciar a lista de sanções, o Ministério das Relações Exteriores acusou os Estados Unidos de apostarem numa "degradação contínua das relações" e numa política de "contenção de Moscovo", e advertiu que tentar dialogar com a Rússia "partindo de uma posição de força" resultará em "consequências terríveis".

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou ainda que, se a atual "troca de cortesias" continuar, Moscovo vai pedir a Washington que reduza de 450 para 300 o número de diplomatas em território russo.

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