
O partido Reagir Incluir Reciclar (RIR) manifesta preocupação com as recentes declarações do Secretário Regional do Turismo, Ambiente e Cultura, durante a discussão do Orçamento Regional para 2025, relativamente à problemática do campismo não autorizado na Região Autónoma da Madeira.
"A tentativa de transferir exclusivamente para as autarquias a responsabilidade pela proliferação de campismo ilegal fora dos espaços sob gestão do IFCN revela uma postura de desresponsabilização política por parte do Governo Regional. É sabido que a maioria das autarquias madeirenses não dispõe dos meios técnicos, humanos ou financeiros para enfrentar este fenómeno de forma eficaz, especialmente sem o apoio coordenado e estruturado da administração regional", disse a coordenadora do partido, Liana Reis.
O RIR sublinha que "a protecção do território e a salvaguarda do património natural são responsabilidades partilhadas, que exigem cooperação entre Governo Regional, autarquias e organismos especializados como o IFCN". Ignorar este princípio, conforme refere, "é contribuir para a degradação progressiva dos espaços naturais da Madeira, muitos dos quais estão a sofrer impactos visíveis devido à ausência de fiscalização e planeamento adequado".
E prossegue: "O campismo não está proibido na Madeira, como bem referiu o governante, mas tem regras que precisam de ser respeitadas e, sobretudo, devidamente implementadas. Para isso, é essencial garantir condições mínimas, nomeadamente: zonas devidamente equipadas, sinalização clara, informação acessível e um sistema eficaz de fiscalização. Nenhuma dessas medidas será eficaz se não for acompanhada por um verdadeiro compromisso político e financeiro no âmbito do Orçamento Regional".
Por fim, Liana Reis diz que "o desenvolvimento sustentável da Madeira exige mais do que declarações — exige acção concertada, responsabilidade partilhada e investimento com visão de futuro".