"As obras para reposição do fornecimento de energia no norte de Cabo Delgado contaram com o financiamento do governo de Moçambique e fundos próprios da EDM, estando em curso a mobilização de fundos junto dos parceiros de cooperação para reconstrução definitiva do sistema elétrico daquela região do país", refere uma nota de imprensa distribuída à comunicação social.
No total, segundo a empresa, o conflito armado no norte de Cabo Delgado destruiu perto de 260 quilómetros da rede elétrica e os prejuízos que a empresa pública registou ascendem aos 240 milhões de meticais (3 milhões de euros), segundo dados avançados pela Agência de Informação de Moçambique.
A reposição da rede elétrica terminou na segunda-feira, com o restabelecimento da corrente no distrito de Muidumbe, que estava às escuras desde agosto de 2020.
Entre setembro e outubro, a EDM restabeleceu a corrente elétrica em Mocímboa da Praia Nangade, Mueda e Palma, acrescenta a nota.
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada há quatro anos por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.
Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020.
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