Um homem que cumpria uma pena de prisão de quatro anos por violência doméstica evadiu-se, esta sexta-feira, do Estabelecimento Prisional de Sintra, pelas 16h, enquanto realizava trabalhos de pintura numa escola fora da prisão, mas dentro dos terrenos da cadeia, de acordo com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).

Trata-se dos muros do Edifício Rumos, junto à escola do Estabelecimento Prisional de Sintra. Nessa altura o recluso “furtou-se à vigilância dos guardas prisionais”, saltou uma rede e evadiu-se, disse a DGRSP, em comunicado.

O homem estava a cumprir uma pena de quatro anos de prisão pelos crimes de violência doméstica e posse de arma proibida e atingia os dois terços da pena em outubro.

Questionada posteriormente pela Lusa, a DGRSP detalhou que a família do recluso foi avisada da fuga.

Uma das filhas disse que a mãe estará a viver no estrangeiro, acrescentou a mesma fonte.

Fuga aconteceu pelas 16:00

A notícia foi avançada pelo Correio da Manhã, que refere que o recluso tem 57 anos.

De acordo com a DGRSP, a situação ocorreu pelas 16h00 desta sexta-feira e os "elementos de vigilância" iniciaram "imediatamente diligências no sentido da sua recaptura".

Foram também feitas comunicações às forças policiais e "seguido o protocolo de segurança definido", destacou igualmente a DGRSP.

Na nota, a DGRSP frisou ainda que foi aberto um processo de averiguações, a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção que é coordenado por magistrado do Ministério Publico, com o objetivo de "apurar as circunstâncias em que a ocorrência teve lugar".

Sindicato diz que havia um guarda para 11 reclusos

Frederico Morais, Presidente do Sindicato do Corpo da Guarda Prisional, detalhou que Carlos terá aproveitado para escapar quando o único guarda que acompanhava os vários prisioneiros olhou para outro dos reclusos. A DGRSP diz que não consegue detalhar quantos guardas estariam a vigiar o grupo: “Isso é o que o processo de averiguações virá a apurar”.

Em declarações à SIC Notícias, o sindicalista detalha que estavam 11 reclusos a realizar trabalhos de pintura, sendo que apenas havia um guarda a vigiá-los, quando, anteriormente, este número seria mais elevado: quatro guardas em permanência. “É óbvio que é impossível manter a vigilância contínua sobre 11 pessoas, é quase impossível. E o recluso apanhou um momento de fragilidade do regime fechado.”

Além disto, Frederico Morais salientou ainda que, no “perímetro” em que tudo aconteceu, “à volta da zona onde trabalham reclusos, [antes] havia quatro torres ativas onde estavam sempre guardas prisionais”.

Com Lusa