
Um homem de 92 anos está a ser julgado por violação e homicídio de uma mulher de 75 anos, num crime que aconteceu em 1967. O julgamento está a decorrer no Tribunal da Coroa de Bristol, no Reino Unido, segundo a Sky News.
Ryland Headley nega ter assassinado Louisa Dunne, que foi encontrada morta na sua casa, no bairro de Easton, em Bristol, há quase seis décadas.
O caso, até agora arquivado, foi reaberto pela Polícia de Avon e Somerset em 2023, após novas análises forenses a vestígios de sémen encontrados na saia da mulher.
As roupas de Louisa Dunne tinham sido guardadas num armazenamento da polícia durante mais de 50 anos.
Os testes revelaram um perfil genético que, segundo a acusação, tem "um bilião de vezes mais probabilidade" de pertencer a Headley do que a qualquer outra pessoa.
A procuradora Anna Vigars KC descreveu ao júri que a vítima foi encontrada por vizinhos, deitada de costas sobre um monte de roupas velhas, com sangue no corpo e vómito na boca. Estava vestida, mas com as cuecas nos tornozelos e uma meia de nylon enrolada no pescoço.
A autópsia da época revelou múltiplas escoriações faciais e indícios de que a boca da vítima teria sido tapada à força.
Durante o julgamento, foi ainda revelado que Ryland Headley já se declarou culpado, em processos anteriores, de ter violado duas outras mulheres idosas em 1977, com idades entre os 79 e os 84 anos. Em ambos os casos, terá ameaçado matar as vítimas se estas gritassem ou não cooperassem.
A acusação afirma que os crimes anteriores revelam um padrão de comportamento que se repete: invasão de domicílio durante a noite, escolha de vítimas idosas que vivem sozinhas, agressão sexual e uso de intimidação ou violência.
No entanto, Ryland Headley continua a negar qualquer envolvimento no caso de Louisa Dunne.
O julgamento deverá prolongar-se durante três semanas.