
"Tudo aquilo que é de combate à pandemia, nós não estamos do lado do problema, estamos do lado da solução. Vamos tendo uma enorme elasticidade para apoiar aquilo que Governo entenda como necessário. À medida que o tempo vai avançando e nos vamos afastando da situação mais grave que ainda em parte estamos a viver, naturalmente que tudo volta à normalidade", descreveu Rui Rio.
O presidente do PSD falava aos jornalistas à saída de uma visita ao Colégio Nossa Senhora da Esperança, no Porto, uma instituição da Santa Casa de Misericórdia do Porto que habitualmente recebe mais de 720 alunos de todos os graus de ensino, mas atualmente conta com cerca de 100.
Questionado sobre as mais recentes medidas de desconfinamento anunciadas pelo Governo de António Costa e em resposta à pergunta "o PSD tem dito que está disposto a colaborar, mas até que ponto?", Rui Rio frisou que "uma oposição permanente do bota abaixo não auxilia em nada".
"Há muita forma de fazer oposição. A minha nunca é a de estar permanentemente no bota abaixo e a dizer mal de tudo. A oposição pode auxiliar apontando caminhos alternativos. Uma coisa é aproveitar a fragilidade de um Governo decorrente da crise e agravar as críticas e tentar tirar partido disso, outra coisa é fazer uma crítica quando não estamos de acordo e entendemos que a crítica construtiva e melhora as condições do país. Uma coisa é civilizada e outra é selvagem e selvagem não gosto de ser", referiu.
Rui Rio dedicou a manhã a uma visita a um colégio para, disse, "ver in loco como está a correr o regresso às aulas", num dia em que foi alargada a abertura das escolas ao pré-escolar.
No Colégio Nossa Senhora da Esperança a maior parte dos alunos do 11.º e 12.º ano optaram por ficar em casa e cerca de 50 regressaram à escola no pré-escolar, o que corresponde a cerca de um terço do habitual.
De máscara, Rui Rio percorreu o colégio e entrou em várias salas acompanhado do provedor da Santa Casa, António Tavares, isto depois de na entrada do colégio a comitiva do PSD e jornalistas terem sido convidados a medir a temperatura, limparem os pés num plástico específico e a higienizarem as mãos.
Ao longo dos corredores foi possível ver mesas com álcool gel e caixas de luvas, enquanto à entrada uma estante com sapatos de criança estava etiquetada como "espaço sujo" e uma vazia tinha a indicação "espaço limpo/calçado interno".
"Estamos a viver uma situação nova e cada dia que passa estamos a aprender um bocadinho e as escolas também estão a aprender. Esperemos que este conhecimento não nos seja útil no futuro, mas se viermos a ter uma segunda vaga poderá ser feito de forma melhor do que agora", disse Rui Rio, concluindo que também pretendeu assim assinalar o Dia Mundial da Criança que se comemora hoje.
Portugal contabiliza pelo menos 1.410 mortos associados à covid-19 em 32.500 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Relativamente ao dia anterior, há mais 14 mortos (+1%) e mais 297 casos de infeção (+0,9%).
O número de pessoas hospitalizadas desceu de 514 para 474, das quais 64 se encontram em unidades de cuidados intensivos (mais uma).
O número de doentes recuperados é de 19.409.
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