
A candidatura do PS-Madeira às Legislativas de 18 de Maio estabeleceu como uma das suas prioridades o combate à pobreza na Região, através da majoração dos apoios sociais e do aumento dos salários, conforme revelado durante uma reunião com a EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza.
Os candidatos socialistas alertaram para a preocupante situação da Madeira, que continua entre as regiões com maior risco de pobreza no País, realidade que atribuem às políticas ineficazes do Governo Regional, agravadas pela condição insular e ultraperiférica da Região.
Gonçalo Jardim, número três da lista de candidatos do PS-Madeira, apresentou dados alarmantes: "Há 71,2 mil madeirenses a viver em risco de pobreza e exclusão social e 62,8 mil pessoas vivem com rendimentos mensais inferiores a 591 euros, realidade que urge mudar."
O candidato identificou os grupos mais vulneráveis, incluindo idosos, trabalhadores com baixos rendimentos, famílias monoparentais e pessoas com baixa escolaridade. "Isto obriga a implementar medidas políticas específicas, nomeadamente a majoração dos apoios sociais, com o objetivo de garantir maior justiça social e a redução das desigualdades", observou Gonçalo Jardim
Entre as propostas específicas do PS encontram-se o aumento em 50% do abono de família para crianças entre os três e os seis anos, bem como a criação do programa 'Pé-de-Meia', que prevê a atribuição de 500 euros em certificados de aforro para crianças nascidas desde Janeiro de 2025, valor que pode ser reforçado e resgatado aos 18 anos.
Também reafirmou o compromisso socialista com a valorização salarial, destacando que a Madeira apresenta os salários médios mais baixos do País. O objectivo do partido passa pelo aumento do salário médio para 2.000 euros e do salário mínimo para 1.100 euros até o final da legislatura.