Em conferência de imprensa, Hélder Vaz, líder do partido do Galo Branco, insurgiu-se contra o Governo de Domingos Simões Pereira que diz resumir-se "ao verbo", sem ter "estratégia".

"Esta governação do verbo traduz-se numa ausência de estratégia. A visão 2025 é uma visão com as suas virtudes e virtualidades, que reconhecemos, mas carece de estratégia", referiu Hélder Vaz.

O dirigente da RGB comentava assim o plano apresentado durante a mesa redonda de doadores realizada em março, em Bruxelas.

O encontro permitiu mobilizar mais de mil milhões de euros de intenções de apoio da comunidade internacional.

"Falta sustentabilidade e coerência técnica à visão", observou Hélder Vaz.

Hélder Vaz notou também que "há uma investida da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a corrupção e é claro que o Governo está a ser atingido por suspeitas de corrupção de alguns dos seus membros".

"Suspeitas, não está nada provado, não estão condenados. Agora deve-se deixar a justiça trabalhar", referiu.

"Deixem a justiça trabalhar. Isto é uma palavra dirigida ao Governo porque foi a manipulação da justiça que destruiu um partido que era a solução, a esperança e a alternativa real neste país", defendeu Hélder Vaz, referindo-se as situações em que a RGB se viu envolvida com a justiça nos anos de 1999 a 2004.

Nessa altura o partido, fundado em Lisboa a 27 de julho de 1986 por dissidentes guineenses então radicados em Portugal, viveu uma grave crise interna com lutas judiciais entre dirigentes ao ponto de acabar dividido em duas RGB.

Para Hélder Vaz as lutas "são factos do passado", estando agora a direção por ele liderada preocupada em "reerguer o partido" para ser entregue "aos jovens".

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