"Só a partir da consciência clara de que todos temos de agir e fazer a nossa parte poderemos fazer a diferença. Mas este é um trabalho coletivo, que requer um compromisso empenhado de cada um de nós, reclamando transparência e integridade", declarou Beatriz Buchili.

A procuradora-geral falava durante a cerimónia de tomada de posse do novo diretor do Gabinete de Combate à Corrupção na província de Maputo, Miguel Cândido.

Para Beatriz Buchili, a corrupção contribui para a degradação dos valores morais da sociedade, além de atentar contra a legitimidade das instituições.

"Ela atrofia as fundações do desenvolvimento económico e social e desencoraja o investimento estrangeiro direto, até mesmo nacional. Por isso, temos de continuar a privilegiar a nossa atenção nesta matéria", declarou.

Segundo dados do Gabinete Central de Combate à Corrupção divulgados em 2019, o Estado moçambicano perdeu 46 mil milhões de meticais (584 milhões de euros) devido à corrupção nos últimos 10 anos.

Do total desviado entre 2008 e 2018, o Estado moçambicano recuperou apenas 96 milhões de meticais (1,2 milhões de euros).

Ao longo dos 10 anos, foram detidas 1.300 pessoas e instruídos oito mil processos-crime por corrupção no país.

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