"O nosso povo é chamado a decidir, através do voto nas urnas, o destino da nação, uma escolha que deverá ser justa e acertada. Por isso, a consciência de cada cidadão não deve ser ameaçada nem comprada", salientou o chefe de Estado, numa mensagem dirigida aos cidadãos são-tomenses na véspera das eleições, que têm o número recorde de 19 candidatos.

"O voto é livre e secreto", destacou Evaristo Carvalho.

Ao longo dos 15 dias de campanha eleitoral, acrescentou, os candidatos apresentaram os seus "pontos de vista e propostas" sobre o futuro do país.

"Deste modo, cada cidadão eleitor goza do livre-arbítrio de escolher o candidato que para ele deverá ascender ao patamar de Presidente da República e contribuir para o desenvolvimento económico, social e cultural desta nação", disse, insistindo: "Daí que o meu apelo vai no sentido de preservar este livre-arbítrio".

Já no início da semana, o chefe de Estado, que não se recandidata a um segundo mandato, tinha advertido contra a prática do chamado 'banho', de compra de votos em troca de dinheiro, que considerou uma exploração "imoral e indecorosa" da pobreza dos cidadãos.

Na sua mensagem, Evaristo Carvalho deixou também um apelo "à calma e serenidade para que este ato decorra sem quaisquer contratempos" e que "principalmente os resultados deste escrutínio estejam livres de qualquer tipo de fraude, sejam transparentes e aceites".

Um total de 19 candidatos concorrem às eleições presidenciais deste domingo, um número recorde num país com cerca de 123 mil eleitores.

Evaristo Carvalho explicou, no início da semana, pela primeira vez, que decidiu não se candidatar a um segundo mandato por pretender dar lugar às novas gerações.

 

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