Segundo a imprensa timorense, Bano e três outros arguidos no processo foram condenados a penas suspensas por crimes de ofensa à integridade física, que o tribunal de Oecusse deu como provados.

Paulo Jorge da Costa Denis foi condenado a nove meses de prisão, com pena suspensa por um ano, Sanchia Florência Paixão Bano, a um ano de prisão, suspensa por um ano, e Luis Armando Sequeira da Cruz Pina a um ano e meio de prisão, pena suspensa por dois anos.

Além das penas de prisão o juiz Hugo da Cruz determinou o pagamento de uma indemnização de 700 dólares (592 euros) à vítima, e multas de entre 120 e 70 dólares aos arguidos.

O jornal Oekussi Post explica ter havido uma tentativa de conciliação "que a parte lesada não aceitou", com o caso a seguir para tribunal, onde além de testemunhos foram apresentas fotos e atestados médicos.

O caso, que tinha sido adiado várias vezes e que foi ouvido no Tribunal de Oecusse em junho, remonta, segundo explicou à Lusa o próprio Arsénio Bano, a meados de 2019, quando era então presidente interino da autoridade regional.

Em causa estava uma queixa de agressão de um professor.

"Um professor apareceu na minha residência -- eu não estava lá --, juntou-se muita gente e quando eu cheguei havia confusão e eu tentei separar", referiu Bano em declarações à Lusa no mês passado

"O senhor estava bêbedo e depois foi-se queixar de agressão. Mas não houve nada sério. Penso que há quem esteja a tentar misturar isto com questões políticas", defendeu.

Apesar de várias tentativas não foi possível à Lusa contactar hoje com Arsénio Bano que, com os outros arguidos, negou em tribunal as acusações.

 

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