O Presidente chinês, Xi Jinping, irá visitar a Rússia entre 07 a 10 de maio, para se juntar ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, na celebração do 80.º aniversário da vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazi.

De acordo com um comunicado do Kremlin, a "convite do Presidente russo, Vladimir Putin, o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, efetuará uma visita oficial à Rússia de 07 a 10 de maio e participará nas celebrações do 80.º aniversário da vitória na Grande Guerra Patriótica".

Segundo o Kremlin, "durante as conversações, serão discutidas as principais questões do futuro desenvolvimento das relações de ampla parceria e interação estratégica, bem como os problemas atuais da agenda internacional e regional".

"Está prevista a assinatura de uma série de documentos intergovernamentais e interagências".

No dia anterior, o Presidente do Uzbequistão, Shavkat Mirziyoyev, tinha confirmado a sua participação nas celebrações da vitória, juntando-se a líderes como o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e os seus homólogos da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

Entre os europeus, apenas o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, o presidente sérvio, Aleksandar Vucic, e o líder separatista sérvio-bósnio, Milorad Dodik, estarão presentes.

No entanto, o presidente sérvio foi internado na Academia Médica Militar de Belgrado, depois de ter cancelado vários eventos da sua agenda por razões médicas durante uma visita aos Estados Unidos.

No final de abril, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, que era esperado em Moscovo para as celebrações, anunciou que não iria estar presente devido ao conflito com o vizinho Paquistão.

Kremlin propõe cessar-fogo a Kiev enquanto volta a atacar Kharkiv

A Rússia acusou no sábado o Presidente ucraniano de ameaçar as comemorações da Segunda Guerra Mundial depois de ter afirmado que Kiev não podia garantir a segurança dos líderes internacionais em Moscovo.

Volodymyr Zelensky "fez uma ameaça inequívoca aos líderes mundiais" que vão participar na cerimónia, disse a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, nas redes sociais, segundo a agência de notícias russa TASS.

A porta-voz acusou Zelensky de também "ameaçar a segurança física dos veteranos que vão participar" nos desfiles na Praça Vermelha, em Moscovo.

"A sua declaração [...] é, evidentemente, uma ameaça direta", afirmou, também citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Zakharova comentava declarações feitas na sexta-feira à noite por Zelensky, mas divulgadas no sábado, sobre as comemorações dos 80 anos da vitória sobre a Alemanha nazi, presididas por Vladimir Putin.

Zelensky disse que Kiev não poderá garantir a segurança dos líderes internacionais presentes, sugerindo que Moscovo poderá fazer alguma coisa para culpar a Ucrânia.

"Não sabemos o que a Rússia vai fazer nessa data. Poderá tomar várias medidas, como incêndios ou explosões, e depois acusar-nos", disse o Presidente ucraniano.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros disse que o regime de Kiev e Zelensky se "vangloriam pessoalmente" depois de "cada ataque terrorista em território russo".

"Portanto, a frase de que 'não garante a segurança no dia 09 de maio em território russo', uma vez que esta não é a sua área de responsabilidade, é, naturalmente, uma ameaça direta", afirmou.

Zakharova insistiu na questão da segurança dos veteranos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que vão participar nas comemorações.

"Há muito tempo que sabemos que Zelensky não tem nada de sagrado [...]. Mas hoje atingiu o fundo do poço: agora ameaça a segurança física dos veteranos que vão participar em desfiles e eventos cerimoniais no dia santo", acrescentou, citada pela TASS.