
Dados da Direção Geral de Estatísticas do Ministério das Finanças indicam que em termos homólogos e no mesmo período, os preços do álcool e do tabaco aumentaram 8,6% e os dos transportes cresceram 7,1%.
Os dados confirmam a tendência de crescimento anual da inflação desde meados de 2020, acentuando-se desde o início do ano, quando os preços de produtos alimentares começaram a aumentar significativamente.
A questão do aumento de preços é uma das maiores preocupações atuais da economia timorense, com o Governo a sublinhar a tendência de inflação nos documentos do Orçamento Geral do Estado (OGE) para este ano.
"Em face do peso considerável dos alimentos e das bebidas não alcoólicas no cesto do IPC [Índice de Preços ao Consumidor] e da proporção elevada de alimentos importados por Timor-Leste todos os anos, os preços internacionais dos alimentos continuam a ser um dos principais elementos determinantes da taxa global do IPC, pelo que o Ministério das Finanças continua a monitorizar os níveis de preços", é referido no documento.
No texto alude-se ao índice de preços dos alimentos do Banco Mundial (BM) que "subiu consideravelmente entre agosto de 2020 e agosto de 2021, com um aumento de 34%".
Os preços domésticos dos alimentos subiram também, com um aumento de 6% durante esse período.
Apesar destes dados, o Governo antecipa que "os preços atuais dos alimentos estabilizem em 2022 e que assim permaneçam no curto a médio prazo".
"Mais especificamente, o arroz é uma parte essencial da dieta dos timorenses. O arroz tailandês, que é a referência para Timor-Leste, desceu 20% em agosto de 2021, o que terá um efeito positivo nas famílias mais pobres, para as quais os alimentos representam a maior parte da sua despesa, deixando-as assim com mais rendimentos disponíveis", considera.
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