O ministro dos Negócios Estrangeiros informou esta segunda-feira que Portugal já retirou cinco cidadãos do Irão e que está em curso uma operação de repatriamento em Israel.
Garante que o Governo está a acompanhar os portugueses retidos em situações que classifica de “muito complexas”, mas desvaloriza o grupo na Jordânia, onde diz que “não está em causa a segurança”.
“A segurança não está em causa na Jordânia. Há uma pessoa aflita, mas já recebi quatro contactos de pessoas a dizer que estão totalmente tranquilas. Têm programa para sair ainda dentro da sua visita turística. (…) Não existe qualquer risco de momento de haver ataques”, afirma Paulo Rangel.
O ministro esclarece que o grupo de 37 portugueses tem um percurso de saída feito pela própria agência de viagens, que implica a deslocação para sul e passagem pelo Egito. Acrescenta que o espaço aéreo da Jordânia já reabriu, depois de estar estado encerrado por duas horas.
“Esta situação não merece urgência, embora tenhamos meios e estejamos a acompanhar. Temos uma grande compreensão pelas pessoas que estão na situação - é natural que haja preocupação.”
130 pedidos de repatriamento de cidadãos em Israel
O Governo português recebeu 130 pedidos de repatriamento de cidadãos em Israel, a maioria de cidadãos em trânsito, isto é, que estavam a viajar por motivos de turismo ou de trabalho.
Rangel garante que está em curso uma operação para os trazer para Portugal, mas não revela datas nem pormenores sobre a mesma. Diz apenas que haverá meios aéreos e rodoviários envolvidos.
Sobre os cidadãos retirados do Irão, no domingo saíram quatro portugueses para o Azerbaijão, um pela Turquia e há três expatriados que têm meios próprios para regressar.
O ministro recorda ainda que há uma recomendação em vigor, desde outubro de 2023, para que não se viaje para estas zonas.
Israel lançou uma ofensiva contra o Irão na sexta-feira, alegando ter como alvo as infraestruturas nucleares e militares iranianas, o que desencadeou uma resposta iraniana com o bombardeamento de cidades israelitas.