
"Vamos no campo para explicar à população quem somos nós e o que fizemos. Esta é uma tarefa muito importante e não só o combate à criminalidade, como também ao terrorismo que afeta a nossa província e nós somos chamados junto à comunidade, (para) lutarmos para combatermos este mal", disse o comandante provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Cabo Delgado, Assane Fikir Nyto.
O responsável falava em Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, ao lançar a semana da PRM que vai culminar com as celebrações dos 50 anos da corporação, em 17 de maio.
Na ocasião, o comandante provincial pediu mais ações aos membros desta força para fortificar e tornar a corporação mais "madura", com o objetivo de combater a criminalidade.
Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.
Em abril último, grupos de alegados terroristas realizaram vários ataques nas comunidades de Chicomo e Iba, bem como nas minas de Ravia, em Meluco.
O último grande ataque deu-se a 10 e 11 de maio de 2024, à sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários mortos e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e militares ruandeses, que apoiam Moçambique no combate aos rebeldes.
Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos no norte de Moçambique, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo estudo divulgado pelo Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS), uma instituição académica do Departamento de Defesa do Governo norte-americano.
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