Envolvido numa série de casos judiciais, o ex-primeiro-ministro, de 70 anos, tinha sido convocado pelo tribunal para responder a acusações de corrupção, no âmbito de um processo iniciado pela comissão eleitoral do Paquistão, que o acusa de não ter declarado presentes que recebeu durante o seu mandato, nem os lucros obtidos com a sua venda, acusações que o visado nega.

Khan compareceu no complexo onde se situa o tribunal de Islamabd, mas acabou por não entrar, no meio de confrontos entre a polícia e os apoiantes do ex-primeiro-ministro presentes no local.

"As acusações de terrorismo foram registadas contra Imran Khan e mais de uma dezena de trabalhadores do partido pela polícia de Islamabad", disse à EFE Fawad Chaudhry, um porta-voz do partido de Khan (PTI).

Mais de 50 agentes ficaram feridos e foram incendiados carros e motos. Segundo as autoridades, foram detidas 60 pessoas nos confrontos registados no sábado, mas hoje a calma regressou a Islamabad e Lahore, onde Khan reside.

O antigo primeiro-ministro paquistanês assegura que é alvo de quase 100 processos, incluindo acusações de terrorismo, assassínio e corrupção, como parte de uma conspiração das autoridades para o afastarem da política.

Aproveitando a ausência do ex-governante no sábado, agentes de segurança fizeram buscas na casa de Khan e usaram gás lacrimogéneo e canhões de água para dispersar os apoiantes reunidos nas imediações do local.

As autoridades marcaram uma nova audiência para ouvir Khan em tribunal no próximo dia 30 de março, sobre as acusações de corrupção.

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Lusa/fim