
O comandante da Polícia Municipal de Lisboa abriu um processo disciplinar ao polícia da PSP esta terça-feira detido pela PJ e que alegadamente pertencia a um movimento violento de extrema-direita em Portugal, disse à Lusa fonte policial.
O polícia, um chefe da PSP que estava em comissão de serviço na Polícia Municipal de Lisboa, é um dos seis membros do denominado Movimento Armilar Lusitano (MAL) que foram detidos pela Polícia Judiciária por suspeitas de atividades terroristas.
Segundo a PJ, os seis membros do MAL foram detidos por crimes e infrações relacionados com grupos e atividades terroristas, discriminação e incitamento ao ódio e à violência e posse de arma proibida.
Em comunicado, a Polícia Judiciária adianta ter desencadeado uma operação para cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão (domiciliárias e não domiciliárias), que culminou na detenção de seis pessoas em flagrante delito.
No âmbito da operação "Desarme 3D" foi apreendido material explosivo de vários tipos, várias armas de fogo, algumas das quais produzidas através de impressão 3D, várias impressoras 3D, várias dezenas de munições, várias armas brancas e material informático, entre outros elementos de prova.
"A investigação resultou da deteção 'online' de indicadores de manifestações extremistas por parte de apologistas de ideologias nacionalistas e de extrema-direita radical e violenta, seguidores de um ideário antissistema e conspirativo, que incentivava à discriminação, ao ódio e à violência contra imigrantes e refugiados", refere a PJ.
De acordo com a PJ, o Movimento Armilar Lusitano pretendia constituir-se como um movimento político apoiado numa milícia armada.
Os seis detidos vão ser ouvidos na quarta-feira em tribunal para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.
Com LUSA