Um grupo de trabalhadores da açucareira de Xinavane, que tem estado sob greve, vandalizou o posto policial local, infraestruturas da empresa e residências da vila, exigindo melhores condições salariais.

Num encontro com oficiais do comando provincial da polícia em Maputo, Bernardino Rafael anunciou aquelas mudanças, bem como a cessação de funções do chefe do posto da polícia em Xinavane e do chefe de operações da corporação no distrito da Manhiça.

"Decidimos, também, depois de analisar [a situação], tentar refrescar a direção do comando provincial", dando lugar a outros quadros da polícia, afirmou Rafael.

Os tumultos e a vandalização de infraestruturas no posto administrativo de Xinavane foi o "cúmulo" da perturbação da ordem e segurança pública na província, prosseguiu.

O comandante-geral da polícia assinalou que a região já tinha conhecido outras manifestações que provocaram a perturbação da ordem pública.

Reivindicações contra a falta de serviços públicos e disputas de terra têm levado a escaramuças na província, continuou.

Num rescaldo dos confrontos de quarta-feira em Xinavane, Bernardino Rafael avançou que 27 pessoas estão detidas e serão presentes à justiça por suspeitas de envolvimento na destruição de bens públicos.

"Xinavane, hoje, acordou bem, estamos a trabalhar para que não volte a acontecer o que aconteceu ontem [quarta-feira], para que a fábrica volte a laborar", enfatizou.

Bernardino Rafael não indicou os nomes dos oficiais que vão ocupar os cargos hoje deixados vagos.

A açucareira de Xinavane é detida em 88% pelo grupo sul-africano Tongaat Hulett e em 12% pelo Estado moçambicano.???????

PMA (EYAC) // JH

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