Parte da droga tinha sido apreendida recentemente no porto da Beira, num navio de carga que se dirigia para o Quénia, a cinco indivíduos detidos para investigações adicionais, explicou Alfeu Sitoe, porta-voz da Sernic em Sofala.

"Confirmamos a incineração de três quilos de cocaína encontrada no navio, 3,20 quilos de canábis que vínhamos apreendendo desde Agosto e 205 gramas de heroína aprendidas nos últimos três meses", declarou.

As drogas foram destruídas no incinerador de resíduos do Hospital Central da Beira (HCB).

Moçambique é apontado por várias organizações internacionais como um corredor para o tráfico internacional de estupefacientes.

As autoridades do Quénia e Tanzânia, países a norte de Moçambique, aumentaram a vigilância nos últimos anos, empurrando os traficantes para sul, em direção à costa moçambicana, "em busca de novas rotas e novos mercados", referiu César Guedes, representante do Escritório das Nações Unidas para a Droga e Crime Organizado (UNODC) em Moçambique, numa entrevista à Lusa, em junho.

Além da apreensão de heroína, com origem próxima, do outro lado do Índico, outros estupefacientes passam por Moçambique.

Há duas semanas, a polícia confiscou 343 quilos de heroína e 'crack' (subproduto da cocaína) em Nampula, no norte do país, apreensão recorde na província.

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