Segundo a mesma fonte, seis cidadãos de nacionalidade tanzaniana, dois guineenses e um ruandês foram detidos com documentos de permanência não autenticados e cartões de asilo suspeitos.

Com eles foram apreendidos 12 quilos de canábis e uma quantidade não especificada de cocaína, disse Mário Arnaça, porta-voz da Polícia em Manica.

"A chegada do terrorismo tem a ver com a presença de estrangeiros ilegais" no país, precisou Mário Arnaça, para justificar a operação.

A operação designada Salama 8, que decorre desde segunda-feira e termina na sexta, apreendeu ainda três viaturas com matrículas falsas que a Polícia suspeita terem sido usadas em diversos crimes.

Por sua vez, Jorge Machava, porta-voz dos Serviços Provinciais de Migração de Manica, adiantou que os seis cidadãos tanzanianos encontram-se no país sob a responsabilidade do cidadão ruandês, também detido, desconhecendo-se os motivos que levam à sua permanência com certificados de emergência não autenticados.

 "Todos estão detidos junto à migração até posterior decisão", disse Jorge Machava, em conferência de imprensa conjunta entre da polícia, serviços de Investigação Criminal (Sernic) e serviços de Migração (Senami).

Num outro caso, na última semana, um jovem foi detido com parte de órgãos humanos de um homem que assassinou nos arredores de Vanduzi.

As autoridades judiciais colocaram a região em "alerta vermelho" em 2012, ao considerar "alarmante" a subida do número de casos de tráfico de pessoas e de órgãos humanos, muitos ligados à feitiçaria e outras práticas de enriquecimento ilícito.

Em janeiro de 2020, a polícia refirmou o alerta, depois de travar três casos de tráfico de crianças numa só semana.

AYAC // VM

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