O crime ocorreu na madrugada de segunda-feira, na Zambézia, centro de Moçambique, e o homem foi detido no dia seguinte.

O jovem, de 25 anos, residente em Maputo, capital do país, ter-se-á deslocado à província da Zambézia para expor as suas dificuldades na vida e, numa reunião, terá dito que "as suas tias eram as culpadas pelos seus problemas amorosos e financeiros", referiu o porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na Zambézia, Miguel Caetano.

"Ele voltou à sua terra natal com esse propósito", disse Miguel Caetano, acrescentando que este é o terceiro caso de morte por suspeitas de feitiçaria que ocorreu na Zambézia este ano.

O assassínio de idosos nas zonas rurais moçambicanas é um crime frequente e geralmente perpetrado pelos parentes, que os acusam de praticar atos sobrenaturais, responsabilizando-os por desavenças familiares e infortúnios.

Só na província de Inhambane, no sul de Moçambique, pelo menos 17 idosos foram assassinados em 2020 por acusações de feitiçaria, maioritariamente feitas por familiares, segundo os últimos dados avançados pela polícia.

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