Em comunicado, a PN avançou que o homicídio, antecedido de roubo, aconteceu na madrugada de domingo, no bairro de Achada Grande Trás, e a vítima foi um agente dos Serviços Penitenciários.

A polícia cabo-verdiana recordou que após receber a comunicação do roubo com recurso a arma de fogo, desencadeou um conjunto de diligências no sentido de localizar, identificar e capturar os criminosos.

Os seis suspeitos, incluindo um menor de 13 anos, foram detidos na posse de três pistolas de fabrico artesanal (denominada de 'boca bedju') e uma faca.

"Suspeita-se, ainda, que uma das armas foi utilizada por um dos meliantes para desferir um tiro na cara da vítima mortal, um Agente Prisional, que não resistiu aos ferimentos e acabou por falecer antes de chegar ao hospital, e para aplicar uma coronhada na cabeça do irmão da vítima mortal, que ficou com um ferimento na cabeça", descreveu a PN.

Segundo a mesma fonte policial, outros três suspeitos já identificados continuam à monte.

Após serem ouvidos na segunda-feira em Tribunal, cinco dos seis detidos ficaram em prisão preventiva e o menor foi internado no Centro de Socioeducativo Orlando Pantera, na Praia.

Este caso veio juntar-se a vários outros que têm acontecido ultimamente na cidade da Praia, com ocorrência de mortes, assaltos a pessoas e residências, elevando ainda mais a sensação de insegurança na capital do país.

O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, disse na segunda-feira que o país "não perdeu" a guerra contra a criminalidade, mas anunciou o reforço de ações na capital do país.

"Não perdemos nada. O problema é que quando há crise, e em nenhum país do mundo se consegue evitar situações de crime, tem-se que agir, tem-se que punir, identificar e apanhar os criminosos e levá-los à barra do tribunal e que a mão da lei seja dura, mas não podemos generalizar o nível de insegurança no país", afirmou o chefe do Governo.

Desde maio, a Polícia Nacional (PN) de Cabo Verde já realizou quatro operações especiais de prevenção criminal em bairros da Praia, com detenção de vários indivíduos e apreensão de vários objetos, incluindo armas e munições.

O procurador-geral da República de Cabo Verde alertou em 30 de março último para o elevado número de crimes, sobretudo na Praia, e admitiu que as operações especiais de prevenção criminal são "importantes" neste contexto, apesar das aparentes dificuldades na sua operacionalização.

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