"Nesta primeira fase e já hoje à noite identificámos cinco zonas de entrada onde vamos estabelecer postos de controlo que a partir da meia-noite impedirão a saída de pessoas de Díli", disse á Lusa o comandante distrital da PNTL, Henrique da Costa.

"À meia-noite fechamos esses locais e não deixaremos sair pessoas de Díli. Continuaremos a permitir a entrada de quem quiser entrar na capital", explicou.

Para esta primeira fase foram mobilizados, explicou, 50 efetivos, que serão reforçados a partir de terça-feira com mais 50 disponibilizados pelo quartel-general da PNTL, tanto para o reforço da cerca como para as patrulhas nas ruas.

"Estaremos com mais patrulhas nas ruas para informar as pessoas sobre as novas regras e para garantir que os cidadãos respeitam. Atuaremos caso não respeitarem o confinamento", afirmou.

Questionado sobre carências, humanas e logísticas, Henrique da Costa disse que o Governo conhece a situação e que, por isso, o comando-geral já disponibilizou mais efetivos para apoiar.

"Para outras questões como transportes e demais, são carências com que já nos deparamos, mas temos que continuar a atuar, cumprindo a nossa tarefa", disse.

Henrique da Costa apelou a todos os cidadãos do município para que respeitem as regras definidas pelo Governo, mantendo-se confinados em casa e cumprindo as medidas sanitárias.

"Todos devem obedecer as regras e instruções do Governo. Este confinamento é uma situação temporária. Fiquem nas suas casas e não saiam de Díli. Todos devem evitar isso, trabalhar em conjunto para prevenir, garantir a segurança de Díli e de Timor-Leste", enfatizou.

A decisão de confinamento obrigatório e de uma cerca sanitária em Díli durante sete dias -- com possível extensão por mais sete - surgiu depois das autoridades de saúde terem detetado três casos, dois na zona de Madohi, próximo de Tasi Tolu, na saída ocidental da capital, e um no bairro de Bebonuk, os primeiros possíveis casos de transmissão comunitária desde o início da pandemia, há um ano.

Os casos foram detetados depois de uma operação de testagem em massa levada a cabo em rastreio de contactos e após a confirmação de um caso confirmado de uma residente da zona de Tasi Tolu, que tinha viajado para Baucau, segunda cidade do país.

Os dois casos detetados em Madohi são ambos funcionários públicos, do Ministério de Transportes e Comunicações e da Secretaria de Estado de Formação Profissional e Emprego, pelo que estão já a ser feitos testes a funcionários destas instituições.

Esse rastreio de contactos inclui hoje testes a todos os membros do Governo e a outras pessoas que participaram no Conselho de Ministros.

Já o caso do residente de Bebonuk, segundo fontes do Governo, é um funcionário dos serviços de limpeza da cidade.

Timor-Leste tem atualmente 29 casos ativos da covid-19.

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