
"São 60 locais de vigilância na Madeira, três no Porto Santo. São locais escolhidos estrategicamente [...], que têm, de facto, uma visibilidade bastante boa, mas, acima de tudo, são locais que abrangem todo o espaço florestal", disse Manuel Filipe aos jornalistas.
O responsável falava no Funchal, na apresentação de uma campanha de sensibilização para os riscos de incêndio, promovida pela Secretaria Regional de Turismo, Ambiente e Cultura, através do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza da Madeira.
Manuel Filipe indicou que o plano prevê, numa situação normal, 11 equipas da Polícia Florestal, mas, em caso de alerta meteorológico de risco de incêndio, "entrarão mais brigadas, quer dos sapadores florestais, quer dos vigilantes da natureza".
O secretário regional do Ambiente, Eduardo Jesus, acrescentou que serão envolvidos cerca de 120 profissionais, entre polícias florestais, sapadores e vigilantes.
As torres de vigia assumem um importante papel na vigilância, referiu Manuel Filipe, destacando também que são utilizados drones pela polícia florestal.
O presidente do IFCN acrescentou que os 63 locais de vigilância fazem igualmente parte da rota dos restantes agentes de proteção civil e não apenas os do instituto, designadamente bombeiros, PSP e GNR.
Este plano, integrado no Plano Operacional de Combate a Incêndios Rurais, já em vigor e que este ano conta com um segundo meio aéreo, permitirá "uma vigilância total do território, uma prevenção mais eficaz e uma primeira intervenção mais rápida", garantiu Manuel Filipe.
Relativamente à campanha de sensibilização apresentada, tem hoje início e prolonga-se até setembro, consistindo em "sete 'spots' de rádio, três vídeos e, acima de tudo, mensagens de prevenção", destacou o secretário regional com a tutela do Ambiente.
A iniciativa, sob o lema "Uma floresta segura depende de todos nós", além de divulgada na rádio, na televisão e nas redes sociais do Governo Regional, inclui atividades de comunicação e sensibilização à comunidade escolar.
"Os grandes objetivos desta campanha têm a ver com a proteção das vidas humanas, garantir a segurança pública e simultaneamente defender o património ambiental, que é um ativo estratégico da região", frisou Eduardo Jesus.
A campanha pretende alertar para a necessidade de adoção de comportamentos responsáveis, designadamente não utilizar fogo, em caso de fumar garantir que as beatas são apagadas, cumprir com a sinalização existente nas áreas florestais e não acampar em locais não autorizados.
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