
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, criticou hoje o primeiro-ministro por andar "a celebrar o crescimento da economia portuguesa" quando, neste primeiro trimestre de 2025, Portugal teve "o pior resultado económico desde 2021".
"Nós temos assistido a Luís Montenegro a celebrar o crescimento da economia portuguesa [que], segundo ele, fazia corar de vergonha alguns outros países na União Europeia", afirmou o líder socialista, em declarações aos jornalistas, numa visita à feira agropecuária Ovibeja.
Mas, argumentou Pedro Nuno Santos, "no primeiro trimestre de 2025, a economia portuguesa, em vez de crescer, caiu 0,5%. É o pior resultado económico desde 2021, ano da pandemia".
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou hoje que a economia portuguesa cresceu 1,6% em termos homólogos nos primeiros três meses do ano e contraiu-se 0,5% face ao trimestre anterior.
Segundo a estimativa rápida do INE, o Produto Interno Bruto (PIB), em volume, registou uma variação homóloga de 1,6% no primeiro trimestre de 2025, após um crescimento de 2,8% no trimestre precedente.
Na comparação em cadeia, face ao quarto trimestre de 2024, o PIB diminuiu 0,5% em volume, após um crescimento de 1,4% no trimestre anterior.
À margem da visita que efetuou hoje ao certame Ovibeja, que decorre até domingo, em Beja, o candidato do PS às eleições legislativas antecipadas marcadas para 18 de maio considerou que este resultado do primeiro trimestre de 2025 é uma das "várias razões pelas quais a AD vai perder as eleições e tem de perder as eleições".
Nos primeiros três meses deste ano, "portanto o último trimestre da governação de Luís Montenegro, a economia portuguesa, em vez de crescer, contraiu", sublinhou.
"E, portanto, nós temos é que, de facto, mudar de Governo para conseguirmos segurar é os bons resultados económicos que nós tínhamos antes de a AD chegar, para voltarmos a ter Portugal a crescer", defendeu Pedro Nuno Santos.
E tal não é possível atingir "com Luís Montenegro a governar o país, primeiro porque alguém que oculta a informação, que faz tudo ao seu alcance para que seja revelada apenas depois das eleições, não pode ser primeiro-ministro do nosso país", disse.
E, em segundo lugar, "porque está a acabar este seu período de governação com a economia a cair".
"E esta contração económica diz-nos outra coisa. É que o crescimento económico para 2025 já vai ter que ser revisto em baixa e, se antes desta contração, o programa da AD já era um embuste, já era uma fantasia, agora é só uma brincadeirinha de mau gosto", criticou o secretário-geral e candidato do PS.