
"Não foi a votação do Orçamento do Estado que obrigava o Presidente da República a convocar eleições, decidiu fazê-lo, é responsável por isso", afirmou Jerónimo de Sousa, no final de uma audiência com o Presidente da República em Belém, para discutir a dissolução do parlamento e a data das eleições antecipadas.
Dentro deste quadro, o líder comunista defendeu que se "devem realizar o mais depressa possível".
"Temos como referência que as eleições não deveriam passar do 16 de janeiro. Tendo em conta as implicações que tem na quadra natalícia e no Ano Novo e de permitir a campanha eleitoral, foi esta a sugestão que fizemos ao senhor Presidente da República", afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de reeditar um novo acordo com o PS após as legislativas, Jerónimo de Sousa reiterou que "o objetivo não declarado do PS é alcançar a maioria absoluta", mas não excluiu convergências com os socialistas em matérias que sejam comuns aos dois partidos.
E à pergunta se o Presidente da República falou da possibilidade de existir, na próxima legislatura, um acordo escrito, Jerónimo respondeu negativamente.
"Não, foi um curto diálogo, muito centrado nas datas", disse.
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Lusa/fim