"Vamos organizar-nos para não dececionar a totalidade da população moçambicana", declarou o secretário-geral da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Roque Silva, em entrevista à emissora pública Rádio Moçambique.

Aquele responsável respondia a uma pergunta sobre se já começou o debate acerca da sucessão do atual Presidente da República e líder do partido no poder, que está constitucionalmente impedido de concorrer a um terceiro mandato e quando ainda faltam mais de três anos para a votação.

O político assinalou que a Frelimo dispõe de uma base alargada de escolhas de candidatos presidenciais.

"Felizmente, a Frelimo tem um manancial de quadros, tem uma base alargada e saberá lidar com isso", sublinhou.

A seu tempo, prosseguiu, a organização vai abrir o debate sobre a sucessão de Filipe Nyusi, porque, agora, o partido está concentrado na implementação do Programa Quinquenal do Governo, que traduz o manifesto eleitoral com que venceu as eleições gerais de 2019.

"Neste momento, a nossa maior concentração é o cumprimento do manifesto eleitoral, que foi transformado em Programa Quinquenal do Governo", destacou.

Filipe Nyusi termina o segundo e último mandato presidencial em 2024 e, de acordo com a Constituição da República, não se pode recandidatar a um terceiro mandato.

A Frelimo governa Moçambique há 45 anos, desde a independência do país, em 1975, e venceu todas as seis eleições gerais realizadas desde a introdução do multipartidarismo, na Constituição da República de 1990.

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