O partido Alternativa para a Alemanha (AfD) apresentou queixa contra a decisão do serviço de informação interna alemão de o classificar como extremista e de representar perigo para a ordem democrática.

Um porta-voz da AfD disse esta segunda-feira que uma queixa contra a decisão do Serviço Federal para a Proteção da Constituição (BfV, na sigla em alemão) foi apresentada no tribunal administrativo da cidade de Colónia, no oeste do país.

O BfV classificou na sexta-feira o AfD como um movimento extremista de direita, o que deverá permitir que seja colocado sob forte vigilância.

A ideologia da AfD, que "desvaloriza grupos inteiros da população na Alemanha e mina a sua dignidade humana", "não é compatível com a ordem democrática básica", afirmou o BfV, ligado ao Ministério do Interior alemão, no comunicado.

O Serviço Federal para a Proteção da Constituição destacou, em particular, "a atitude hostil geral do partido em relação aos migrantes e aos muçulmanos".

A AfD afirmou, na sexta-feira, que a decisão da BfV um "golpe na democracia alemã" e uma decisão "politicamente motivada".

O partido "continuará a defender-se legalmente contra estas difamações, que são perigosas para a democracia", afirmaram na sexta-feira os líderes da AfD, Alice Weidel e Tino Chrupalla, num comunicado.

O serviço de informação interno da Alemanha já tinha classificado a organização juvenil do partido de extrema-direita AfD, bem como vários braços regionais em estados da antiga Alemanha de Leste, como "extremistas".