
Pelo "interesse superior do país, Mário Centeno deveria manter-se" no cargo, afirmou André Silva, em declarações aos jornalistas no parlamento, num comentário à remodelação governamental que levou à sua substituição pelo secretário de Estado do Tesouro, João Leão.
O deputado do PAN ironizou que "há aqui um superior interesse do Governo e Mário Centeno em ocupar a cadeira de governador do BdP.
"Continuaremos a lutar para que não isso aconteça", prometeu André Silva.
"Não há falta de ética na pessoa [Mário Centeno], mas há grande falta de ética na passagem de ministro das Finanças para o Banco de Portugal", acrescentou.
Para o PAN, o ministro "deveria manter-se" no executivo, "por uma questão de credibilidade e estabilidade do país, em matéria económica e financeira, na imagem de país no estrangeiro, nos mercados que Mário Centeno conseguiu granjear".
André Silva considerou que uma falta de respeito pelo parlamento a saída de Centeno no dia em que estava agendado um debate sobre as regras de nomeação do governador do Banco de Portugal.
O Presidente da República aceitou hoje a exoneração de Mário Centeno como ministro de Estado e das Finanças, proposta pelo primeiro-ministro, e a sua substituição por João Leão, até agora secretário de Estado do Orçamento, com a tomada de posse marcada para segunda-feira.
Secretário de Estado do Orçamento desde novembro de 2015, João Leão tem sido responsável pela política orçamental dos governos de António Costa.
Será João Leão que, no próximo dia 17, vai apresentar na Assembleia da República, a proposto do Governo de Orçamento Suplementar hoje aprovada em Conselho de Ministros.
NS (IEL/PMF) // SF
Lusa/fim