"No âmbito da comemoração dos 50 anos da Revolução dos Cravos e começo da transição à democracia [em Espanha], os ministérios da Cultura e dos Negócios Estrangeiros de Portugal e Espanha promovem uma programação cultural conjunta que se estende até setembro de 2025", lembrou a Metropolitana, em comunicado.

Sob direção do seu maestro titular, Pedro Neves, a OML toca no dia 06 de setembro no Auditório Nacional de Música, em Madrid, apresentando um programa constituído por uma peça de Anne Victorino d'Almeida, "Histórias de Abril", a Sinfonieta (Homenagem a Haydn), de Fernando Lopes-Graça, a Sinfonia Clássica, de Sergei Prokofiev, e, do compositor espanhol Manuel de Falla, uma versão orquestral de "El Amor Brujo".

Sobre a peça de Anne Victorino d'Almeida, a OML afirma que "enreda citações explícitas de canções de José Afonso e uma pequena sinfonia de Lopes-Graça, dois grandes símbolos de resistência política".

Esta peça, com cerca de 10 minutos, foi uma encomenda da Orquestra de Câmara de Almada, que a estreou em 2016.

"Ao longo dos cerca de dez minutos, ressaltam melodias como 'Grândola, Vila Morena', 'Os Vampiros', 'Vejam Bem', 'Canção de Embalar' e 'Venham Mais Cinco'", tratando-se "de uma recriação livre da compositora sobre música com a qual admite identificar-se e ter uma afinidade genuína", acrescenta a OML.

O concerto em Madrid antecipa a abertura da temporada da Metropolitana, no dia 16 de setembro, no Teatro Tivoli, em Lisboa, em que voltará a interpretar a Sinfonieta (Homenagem a Haydn), de Fernando Lopes-Graça, e a Sinfonia n.º 1 de Sergei Prokofiev.

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