"O DDR não ata nem desata", disse o chefe da bancada da Renamo na Assembleia da República (AR), Viana Magalhães, no discurso de abertura da quinta sessão ordinária do parlamento.

Magalhães afirmou que o Governo não está a cumprir a cláusula do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional que prevê a colocação de oficiais da guerrilha da Renamo em posições de chefia nas Forças de Defesa e Segurança moçambicanas.

O chefe da bancada parlamentar da Renamo acusou o atual Presidente da República de seguir o caminho dos seus antecessores de violar o espírito e a letra dos sucessivos acordos de paz assinados no país.

Disse ainda haver uma estratégia de fragmentação do principal partido da oposição, considerando estranhas as notícias da indicação de um sucessor de Mariano Nhongo, líder da Junta Militar da Renamo, uma dissidência da guerrilha do principal partido da oposição, morto no ano passado pelas forças governamentais em combate.

Em dezembro, Filipe Nyusi, disse no parlamento que o Governo está empenhado no "cumprimento integral" do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado com a Renamo, em agosto de 2019.

O processo de desmobilização de ex-guerrilheiros já abrangeu 3.270 membros, sobretudo no centro do país, principal palco de conflitos - prevê-se que o processo de DDR termine este ano e alcance um total de 5.000 ex-guerrilheiros.

 O chefe das Operações no Ministério da Defesa Nacional, Chongo Vidigal, anunciou no fim de semana que a Junta Militar da Renamo escolheu como novo líder Augusto Faindane Phyri, um tenente-general conhecido pela alcunha 'Massiaphfumbi' (que na língua ndau significa 'deixa poeira').

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