O Ministério da Justiça cabo-verdiano informou, em comunicado, que durante o dia de quarta-feira decorreu uma operação de revistas e buscas no Estabelecimento Prisional Central da Praia, com vista à detenção e apreensão de objetos e substância proibidas que possam estar nas celas ou na posse de reclusos.

A operação, que ainda decorria no momento do envio do comunicado, já tinha culminado na apreensão de quatro embrulhos de um produto em pó, de cor branco, suspeitando-se tratar de cocaína, que serão remetidos ao laboratório da Polícia Judiciária (PJ), para teste.

Quanto ao detentor do produto, vai ser presente ao tribunal para o primeiro interrogatório.

Segundo a mesma fonte, foram ainda aprendidos oito telemóveis, nove carregadores de telemóveis, seis baterias e seis cabos de alimentação.

"Esta operação passará a ser repetitiva na cadeia central da Praia, por forma a garantir rigor e a própria segurança do Estabelecimento Prisional", informou o Ministério da Justiça.

Estão envolvidos na operação 44 elementos da Polícia Nacional 20 da Polícia Judiciária, 65 de Segurança Prisional e mais de 100 militares das Forças Armadas, que é concertada e desenvolvida entre a direção da cadeia e a Direção Geral dos Serviços Prisionais e Reinserção Social.

Há uma semana, o diretor-geral dos Serviços Prisionais e Reinserção Social, João Delgado, deu conta da entrada de substâncias psicotrópicas ou objetos proibidos nos estabelecimentos prisionais, especialmente na Praia, feito tanto por reclusos, como por familiares e visitantes.

De acordo com o último levantamento conhecido, no final de 2018 Cabo Verde contava com 1.567 reclusos, um aumento em comparação com os 1.328 reclusos registados em 2013, distribuídos por cinco estabelecimentos prisionais, regionais e centrais.

Do total, a cadeia central da Praia, em Santiago, recebia mais de 1.100 presos, concentrando dois terços da população prisional do país.

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