"De um total de 16.947.600 de livros previstos para distribuição no ensino primário, o Governo só disponibilizou, até à presente data, 1.064.872 manuais [...] A maioria das crianças do 1.º até ao 6.º ano vai terminar o primeiro trimestre do presente ano letivo sem manuais de distribuição gratuita", refere a organização não-governamental numa nota distribuída à comunicação social.

Além do problema do atraso, a organização não-governamental critica a estratégia usada para distribuir os "poucos livros" que foram disponibilizados, considerando que o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano deu prioridade às escolas dos principais centros urbanos.

"Os pouco mais de um milhão de manuais até aqui recebidos pelo Ministério da Educação foram distribuídos nos principais centros urbanos do país, situação que discrimina milhões de crianças que estudam nas zonas rurais", acrescenta-se na nota do CDD.

O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano justifica o atraso na distribuição de livros com as restrições impostas após a subida do número de casos de covid-19 na Índia, país com onde os manuais são impressos, prevendo que o material chegue a Moçambique neste mês, segundo o CDD.

No ensino público, Moçambique conta com um total de 13.337 escolas primárias e 677 escolas secundárias, segundo os últimos dados do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano.

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