Madalena Manjate afirmou, em conferência de imprensa, que a vítima mortal não resistiu aos ferimentos que contraiu durante o sinistro, considerado o "pior" jamais registado nas estradas pelas autoridades moçambicanas.

Um ferido encontra-se em "estado crítico", com traumatismo encéfalo-craniano, dos 12 que foram levados para o HCM, na sequência do desastre.

Os outros 11 foram submetidos a cirurgias e encontram-se internados, incluindo uma criança hospitalizada na cirurgia dos serviços de pediatria, adiantou.

Madalane Manjate avançou que outras 31 pessoas feridas em acidentes de viação durante o fim de semana também foram atendidas no HCM, o que mostra o "aumento do número de admitidos" devido a sinistros nas estradas.

"Apelamos também à condução prudente, estamos a reparar que a cada dia está a aumentar o número de admitidos por acidente de viação", observou.

O desastre de sábado, que ocorreu na Estrada Nacional n.º 1, é considerado pelas autoridades o pior de sempre em Moçambique.

"Este é o acidente mais aparatoso e com o nível de fatalidade mais alto" de que há registo, disse à Lusa o diretor nacional de Transportes e Segurança, Cláudio Zunguza, no local do acidente.

A tragédia envolveu dois camiões e um autocarro da transportadora Nhancale, que tentou fazer uma ultrapassagem irregular, embateu num dos camiões e capotou.

Em média, pelo menos mil pessoas morrem anualmente em acidentes de viação em estradas moçambicanas, segundo dados avançados à Lusa, em maio, pela Associação Moçambicana para Vítimas de Acidentes de Viação (Amviro).

Em 2020, o país registou o número mais baixo de fatalidades nas estradas dos últimos 10 anos (855 óbitos), um dado associado às restrições impostas pela covid-19.

PMA (EYAC) // LFS

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