O número de nascimentos em Portugal no primeiro semestre deste ano cresceu face ao período homólogo do ano anterior. De acordo com dados do teste do pezinho do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), noticiados esta quinta-feira pelo jornal “Público”, foram estudados 42.250 recém-nascidos no âmbito do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), 966 bebés mais do que em 2024.

Este número indica uma reversão na queda da natalidade no país registada no ano passado. Entre 2017 e 2020, os dados demonstravam um ligeiro aumento. No entanto, com a pandemia de covid-19, houve uma diminuição drástica nos números, chegando a 37.675 nos primeiros seis meses de 2021, com o regresso da tendência de crescimento após esse ano.

Em 2024, porém, a natalidade voltou a baixar no período homólogo. Foram 41.284 nascimentos no primeiro semestre desse ano, e 84.631 ao longo dos 12 meses. Agora, em 2025, 42.250 bebés nasceram em Portugal entre janeiro e junho.

O primeiro mês do ano foi o que registou o maior número de recém-nascidos, com 7670. Maio (7349) e junho (7076) completam o ‘top 3’. Geograficamente, os estudos foram realizados, na sua maioria, no litoral do país, mas foi nas regiões do interior que houve o maior aumento percentual, chegando a 13,5% em Bragança e 12,1% em Portalegre. Mesmo assim, estes dois distritos tiveram a menor quantidade de nascimentos do país, 260 e 278, respetivamente.

O ano com mais nascimentos registados pelo programa foi 2000, com 118.577 crianças. Por outro lado, 2014 (83.100) contava com o recorde negativo até 2021, período em que apenas 79.217 bebés foram estudados.

Estes dados não correspondem à totalidade de bebés que nasceram em Portugal, mas o PNRN abrange 99,5% da população portuguesa, lembra o “Diário de Notícias”. O teste do pezinho é usado desde 1979 para rastrear doenças graves em recém-nascidos através da colheita de gotículas de sangue do pé.

Texto escrito por João Sundfeld e editado por Hélder Gomes