"A visita do NRP Setúbal ao porto de Bissau insere-se na iniciativa Mar Aberto. Uma iniciativa que Portugal tem efetuado desde 2008 e pretende com os seus meios navais efetuar cooperação com as marinhas dos países CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e outras marinhas de países também amigos na região numa situação essencialmente de ajuda e cooperação relativamente à segurança marítima na região do Golfo da Guiné", afirmou à Lusa o comandante do navio, capitão-de-fragata Dias Marques.

Segundo o capitão-de-fragata Dias Marques, o navio de patrulha oceânica "Setúbal" vai estar nos "próximos dias a colaborar com as Forças Armadas" guineenses.

"Iremos efetuar ações de cooperação, palestras sobre o âmbito da segurança marítima nesta zona do globo que atualmente é uma das piores que temos. Cerca de 95% dos casos de insegurança marítima são no Golfo da Guiné", salientou.

Questionado sobre o tipo de insegurança registada no Golfo Guiné, o comandante do "Setúbal" indicou a pirataria, o tráfico de droga, narcotráfico, além de outros crimes.

Depois de Bissau, o "Setúbal" segue para Cabo Verde, Costa do Marfim, São Tomé e Príncipe, Angola, Nigéria, Gana e deverá chegar a Lisboa em 30 de maio, estando prevista a realização de exercícios internacionais com cabo-verdianos e angolanos.

O "Setúbal" tem uma guarnição de 58 militares, incluindo uma equipa de abordagem e uma equipa de mergulhadores.

Durante a permanência do navio em Bissau será realizada, na quarta-feira, no Centro Cultural Português, uma conferência na qual será abordada a segurança marítima no Golfo da Guiné.

O programa inclui também uma visita a bordo na quinta-feira.

O navio é uma unidade "não combatente" vocacionada para "exercer funções de autoridade do Estado e a realizar tarefas de interesse publico nas áreas de jurisdição ou responsabilidade nacional".

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