De acordo com a CCDR-N, em comunicado, o mural pretende ser "uma leitura visual e coletiva de 13 das obras mais marcantes do escritor".

O mural conta com curadoria de Frederico Draw e com a participação de Daniel Africano, Sphiza, Mots, Daniel Eime, Ana Torrie, Godmess, Mesk, Virus, Leonor Violeta, Ana Seixas, Francis.co, Mariana Malhão e Ruído.

"Este mural será uma interpelação camiliana --- provocadora, extravagante, dramática e romanesca --- aos transeuntes sonâmbulos da cidade e motivo de beleza e espanto a automobilistas reféns do trânsito portuense. Esperamos que conquiste também novos leitores", afirmou, citado no texto, o vice-presidente da CCDR-N, e autor da ideia, Jorge Sobrado.

Ao longo do ano, vão multiplicar-se as iniciativas e as edições literárias para assinalar os 200 anos do nascimento do escritor.

Camilo Castelo Branco nasceu em 16 de março de 1825 na Rua da Rosa, em Lisboa, e perdeu a mãe aos 2 anos e o pai aos 10, tendo ido viver com uma tia para Vila Real. Ao longo da extensa carreira jornalística e literária, assinou obras que viriam a ser livros maiores da literatura em português, de "Amor de Perdição" a "Doze Casamentos Felizes", entre muitos outros.

Homem de vários interesses, profissionais e amorosos, é preso na Cadeia da Relação do Porto, a par de Ana Plácido, acusados de adultério, dada a existência do casamento de Plácido com o comerciante Manuel Pinheiro Alves. Ambos foram absolvidos.

Já cego devido à sífilis de que padecia, suicidou-se em 01 de junho de 1890, na casa onde morava em São Miguel de Seide, no concelho de Vila Nova de Famalicão.

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