No dia em que o Governo anunciou que vão começar a ser notificados 4500 imigrantes em situação irregular no país, Luís Montenegro não perdeu a oportunidade para puxar dos galões e dizer que quem está a pôr ordem na casa é a AD.

O líder social-democrata e primeiro-ministro demissionário esteve esta tarde em Paredes, distrito do Porto, e aproveitou o palco do comício na escola secundária para responder a Pedro Nuno Santos, que afirma que a AD apenas deu continuidade ao trabalho do PS nesta matéria.

"Já está encontrada a maior anedota desta campanha eleitoral", reagiu Montenegro, que acusou mesmo os anteriores Governos socialistas de terem deixado o país sem política de imigração:

"Nesta semana, de resto, em que nós experimentámos um evento inédito e inesperado a que, de uma forma telegráfica, chamámos apagão, deixem-me dizer-vos o grande apagão nos últimos anos em Portugal foi mesmo a ausência de uma política de imigração", vincou, criticando a manifestação de interesses introduzida por António Costa. "Aqueles que não são capazes de ver o que é uma coisa e o seu contrário, só posso ter mesmo vontade de me rir".

Falando depois para os imigrantes que estão em Portugal, Montenegro garantiu que aqueles que vieram à procura de um novo projeto e cumprem as condições, vão continuar a ser bem recebidos, mas sobre os cerca de 18 mil que estarão de forma irregular, "a consequência vai ser mesmo terem de sair de Portugal".

Montenegro terminou a intervenção a pedir maioria reforçada para a AD: “Não tenham medo”, pediu o candidato da Aliança Democrática "de dar uma maioria maior à AD" no próximo dia 18.