"Reiteramos o apelo para o cumprimento das medidas de prevenção e combate à covid-19 e das recomendações aprovadas pelo Governo, por constituírem garantia do corte da cadeia de transmissão da doença", disse Benigna Matsinhe, diretora adjunta de Saúde Pública.

A responsável falava durante a conferência de imprensa de atualização de dados sobre a pandemia no país, em alusão à preocupação manifestada pelo chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, durante uma comunicação à nação, na quinta-feira, no âmbito do estado de calamidade em vigor.

Nyusi agravou as medidas de prevenção da covid-19, a vigorar por 30 dias, devido ao risco iminente de ocorrer uma terceira vaga no país.

As autoridades de Saúde manifestaram preocupação face à situação, após ter sido registada uma desaceleração entre março e maio, considerando que o aumento de novos casos resulta "em internamentos hospitalares e, na pior das situações, em óbitos", referiu Benigna Matsinhe.

"Alertamos ainda para que não se cometam erros na prevenção por negligência. Quando se trata de saúde, a prevenção continua a ser o melhor remédio", acrescentou a responsável.

A variante Delta do novo coronavírus, com origem na Índia, foi detetada em Moçambique, anunciou o ministro da Saúde no dia 21, alertando para os seus níveis de transmissão.

Moçambique tem um total acumulado de 869 mortes e 75.422 casos, 94% dos quais recuperados da doença e 159 internados.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.925.816 mortos em todo o mundo, resultantes de 181.026.547 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP. 

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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