
A iniciativa "irá permitir o reconhecimento de locais onde devem ser evitados projetos que comprometam a sobrevivência de espécies de fauna e flora, por isso devem ser usadas para guiar a elaboração dos planos de desenvolvimento", disse Ivete Maibaze, ministra da Terra e Ambiente, durante o lançamento da iniciativa em Maputo.
Segundo a ministra, Moçambique é um dos primeiros países a aplicar o novo padrão global da União Internacional para a Conservação da Natureza, que permite identificar os locais mais importantes do planeta no que diz respeito à biodiversidade.
"É também um dos primeiros países do mundo a criar o Grupo Nacional de Coordenação das Áreas-chave para a Biodiversidade e Listas Vermelhas", referiu.
As 29 áreas-chave mapeadas correspondem a uma área total de 139.947 quilómetros quadrados, avançou a ministra, referindo que a sua identificação contribui para um conhecimento mais profundo sobre a biodiversidade do país e a sua importância.
O mapeamento das áreas vai ajudar também a "minimizar o impacto negativo dos empreendimentos de desenvolvimento socioeconómico sobre a biodiversidade", acrescentou a governante.
O Governo moçambicano espera ainda que a iniciativa permita a expansão da rede nacional das áreas de conservação e o fortalecimento do quadro de políticas de conservação no país.
De acordo com dados avançados pela ministra, Moçambique é o sétimo país da África subsaariana com o maior número de espécies ameaçadas de extinção.
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