
"Face à ocorrência de trovoadas, chuvas intensas e ventos muito fortes, recomenda-se a tomada de medidas de precaução e segurança", lê-se no aviso.
A depressão atmosférica está atualmente sobre o oceano Índico, intensificando-se à medida que atravessa o Canal de Moçambique, e prevê-se chuva e vento forte a partir de sexta-feira ao fim do dia na zona costeira da cidade da Beira e arredores.
Além da província de Sofala, estão sob alerta vários distritos das províncias da Zambézia, Manica, Inhambane e Gaza.
A tempestade pode intensificar-se "e atingir o estado de ciclone tropical de categoria 3" quando chegar a terra, a mesma classificação do ciclone Idai que em 2019 fustigou a região centro e a Beira, urbe de meio milhão de habitantes.
Trata-se da zona de Moçambique que sacode ainda as recentes chuvas intensas de final de ano, devido à tempestade Chalane, que provocou sete mortos.
O sistema Eloise chegará a terra com ventos que podem soprar até 120 quilómetros por hora, segundo a mais recente previsão do sistema automático ADAM desenvolvido pela União Europeia (UE) e usado por agências humanitárias.
O Inam diz que as rajadas podem chegar a 170 quilómetros por hora e a chuva pode superar os 200 milímetros em 24 horas.
O país está em plena época chuvosa e ciclónica, que ocorre entre os meses de outubro e abril, com ventos oriundos do Índico e cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas de dois dos maiores ciclones (Idai e Kenneth) que já se abateram sobre o país em poucas semanas desde que há registos meteorológicos.
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