
Segundo a agência France-Presse, a grande praça central da capital ficou coberta de fumo vermelho e branco -- as cores da bandeira nacional --, enquanto um potente sistema de som difundia canções patrióticas e fogo de artifício e foguetes eram lançados para o ar.
As autoridades mobilizaram um imponente dispositivo de segurança - com veículos blindados, bloqueios de estradas e agentes fortemente armados -- e várias ruas e avenidas foram encerradas ao trânsito para a realização da marcha.
O autarca liberal de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, voltou este ano a tentar proibir esta manifestação, com base em decisões judiciais favoráveis à proibição, mas, no último momento, o Governo polaco declarou-a uma "manifestação de Estado".
Além do tradicional "Deus, Honra e Pátria", a palavra de ordem principal da marcha foi "a independência não está à venda", numa alusão ao conflito com a União Europeia (UE) em torno da polémica reforma judicial realizada pelo partido no poder, o Lei e Justiça (PiS).
Devido a esse conflito, Bruxelas mantém suspenso o pagamento à Polónia de dezenas de milhões de euros do fundo de recuperação pós-pandemia.
A situação na fronteira com a Bielorrússia, onde centenas de migrantes tentam passar para a Polónia, foi também evocada nas intervenções perante os manifestantes, com membros da organização da marcha a afirmarem que o país vive uma situação de "guerra".
"Moscovo ataca a nossa fronteira, a União Europeia a nossa independência" e "os meios de comunicação atacam-nos com mentiras", afirmaram, citados pela agência EFE.
Vários movimentos de extrema-direita polacos marcaram presença na marcha, que em anos anteriores degenerou em confrontos com a polícia, assim como grupos nacionalistas de outros países, como Espanha e Hungria
A Polónia recuperou a sua independência em 11 de novembro de 1918, após 123 anos de domínio pela Rússia, a Prússia e o Império Austro-Húngaro.
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