A manifestação dividiu-se por várias cidades, destacando-se as praças de Telavive e os protestos em frente ao parlamento e à residência oficial do governante, ambas em Jerusalém.

Desde julho que os manifestantes se reúnem todos os sábados para criticar a gestão económica e sanitária da pandemia pelo governo de Benjamin Netanyahu.

Israelitas de todas as idades saíram à rua empunhando bandeiras do país, bandeiras negras ou lenços rosa, com o objetivo de pedir a demissão de Netanyahu, sob gritos de "nós somos o povo e vamos à rua", "democracia ou prisão" ou "fraude, suborno e quebra de confiança", acusações que o primeiro-ministro enfrenta em julgamento.

"Viemos porque amamos muito o Estado de Israel, porque não temos outro. E viemos como viemos todos os sábados durante meses, porque algo tem de acontecer, as pessoas acordaram", disse uma manifestante à agência de notícias espanhola EFE.

Um dos elementos distintivos do protesto de hoje foi a utilização de figuras de submarinos, em alusão à acusação de corrupção contra vários associados próximos ao primeiro-ministro israelita, pela compra de cinco submarinos alemães.

"Estamos a manifestar-nos por três coisas: para devolver valores, moral e justiça à sociedade israelita, para demonstrar a nossa rejeição a um primeiro-ministro acusado de corrupção e, principalmente, para defender a democracia", explicou outro manifestante à EFE, que compareceu no protesto com um submarino preto insuflável.

O chamado Movimento de Bandeiras Negras promoveu esta mobilização em março devido aos julgamentos por corrupção que Netanyahu tem sido alvo, e todas as semanas se foram juntando cada vez mais pessoas, sobretudo jovens descontentes com a atuação do primeiro-ministro israelita.

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