Num apelo publicado hoje nas redes sociais, o Movimento do Povo - organizador do protesto - não especificou como vai entregar as cartas ao rei e nem o percurso da manifestação, que terá início às 16:00 locais (09:00 em Lisboa) no emblemático Monumento à Democracia da capital tailandesa.

"Fora (primeiro-ministro) Prayuth Chan-ocha e os seus aliados! Eles chegaram ao poder de forma ilegítima e (as suas renúncias) permitirá à Tailândia voltar a ser uma monarquia constitucional", referiu o apelo.

A reforma da monarquia é a reivindicação mais audaciosa dos estudantes que lideram os protestos no país asiático, ao mesmo tempo que exigem a renúncia do primeiro-ministro, Prayut Chan-ocha, e a redação de uma nova Constituição.

Os manifestantes acusam o primeiro-ministro, o líder do golpe de 2014, de ter sido eleito em 2019 após eleições pouco transparentes e justas.

Também criticam que a Constituição, elaborada durante a junta militar anterior, contenha aspetos não democráticos, como um Senado escolhido a dedo.

A reforma da monarquia é o ponto mais polémico devido à devoção que parte dos tailandeses têm pela instituição e pela lei da lesa majestade, que pune com até 15 anos de prisão quem critica a casa real.

As demandas também buscam reduzir o poder dos militares, que assumiram o poder em 13 golpes desde o fim da monarquia absoluta em 1932.

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