De acordo com informação divulgada hoje pela CNE, este total de eleitores em condições de votar correspondeu a uma taxa de concretização de 104%, tendo em conta a "previsão estimada em 16.497.501 eleitores".

"No geral pode-se afirmar que a afluência dos eleitores aos postos de recenseamento superou as expectativas tendo em conta o nível de registo alcançado que supera os índices dos processos passados", refere fonte da CNE.

Deste total, 333.839 eleitores foram recenseados no estrangeiro, acima dos 279.685 previstos inicialmente pelo INE.

Entre o número total de cidadãos em condições de votar nas eleições gerais de outubro incluem-se 8.725.314 eleitores, correspondente a 53,80% do total, que "foram inscritos no recenseamento eleitoral de 2023 nos distritos com autarquias locais", recenseados para as eleições autárquicas de outubro passado.

"O processo de inscrição de eleitores decorreu a um ritmo satisfatório em todo o território nacional. Os elementos das brigadas demonstram um certo domínio na utilização dos equipamentos. O tempo de registo de um cidadão eleitor durava entre três a seis minutos", explicou hoje a CNE.

O processo de recenseamento de 2024 decorreu durante 45 dias, no território nacional, e trinta dias no estrangeiro, até 28 de abril.

Em Quissanga, o recenseamento foi adiado e só se realizou de 02 a 15 de maio, face à insegurança provocada por ataques de grupos de insurgentes naquele distrito de Cabo Delgado.

O prazo para o fim do recenseamento eleitoral foi também estendido até 05 de maio na vizinha Tanzânia, devido ao atraso de nove dias na chegada do equipamento para o processo naquele país.

Moçambique realiza em 09 de outubro eleições gerais, incluindo presidenciais, às quais já não concorre o atual Presidente da República, Filipe Nyusi, por ter atingido o limite de dois mandatos previsto na Constituição.

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