
"Será uma obra permanente para a cidade de São Paulo, que garantirá o abastecimento de oxigénio nas camas dos hospitais da cidade de São Paulo", disse Covas em conferência de imprensa.
A construção e entrada em operação dessas novas unidades custará 9,5 milhões de reais (1,42 milhões de euros) e garantirá assistência em 596 camas de enfermaria e 211 de terapia intensiva.
"A capacidade máxima de produção será de 9.000 metros cúbicos por dia", o que equivale a "900 cilindros diários na cidade", explicou o secretário municipal de saúde, Edson Aparecido.
A previsão é que todas as centrais estejam em operação até 30 de abril.
Covas informou ainda que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) doou 400 cilindros de oxigénio, elemento de vital importância para os pacientes em estado grave infetados pelo novo coronavírus, destinados ao sistema público de saúde do município, que já viu as suas reservas deste e outros consumíveis drasticamente reduzidas devido ao aumento de casos.
Nesse sentido, o Ministério Público abriu uma investigação na terça-feira para esclarecer o óbito de três pacientes com covid-19 na capital paulista por problemas no fornecimento de oxigénio, o que se repetiu em outras partes do país.
A escassez de oxigénio e outros medicamentos essenciais para manter intubados os doentes graves com coronavírus levou o executivo estadual de São Paulo a alterar alguns protocolos e a passar a usar outros fármacos também com efeito sedativo.
Em números absolutos, São Paulo é a cidade do Brasil mais atingida pela pandemia, acumulando em pouco mais de um ano 20.700 mortes e cerca de 600 mil casos positivos.
O Brasil, país que atualmente mais regista casos e mortes por covid-19, vive o pior momento da pandemia, com uma média de quase 2.300 mortes por dia e grande parte do seu sistema público de saúde em colapso ou perto dessa situação.
Em apenas 13 meses de pandemia, o país já registou mais de 300.000 mortes e 12,2 milhões de infetados.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.745.337 mortos no mundo, resultantes de mais de 124,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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