
Em 2020, as receitas no ramo da organização de convenções e exposições cifraram-se em 288 milhões de patacas (31,1 milhões de euros), menos 53,7% que em 2019, devido ao número de eventos "ter diminuído mais de 70% em termos anuais, como consequência do impacto da pandemia", informou hoje a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em comunicado.
De acordo com a nota, as receitas dos serviços de convenções e exposições caíram 60,2% no mesmo período, com a proporção destas receitas em relação às receitas totais a descer de 90,8%, em 2019, para 78%, em 2020.
No ano em análise, o excedente bruto do ramo registou um défice de 3,63 milhões de patacas (390 mil euros), segundo a DSEC.
As receitas do ramo dos serviços de publicidade também diminuíram significativamente em 2020, fixando-se em 523 milhões de patacas (56,4 milhões de euros), o que corresponde a uma queda de 41,7%, em termos anuais, "devido ao facto de muitas atividades de grande envergadura terem sido suspensas ou canceladas" e de "diversos ramos de atividade económica terem despendido menos em publicidade", aponta-se no comunicado.
Em 2020, o excedente bruto do ramo dos serviços de publicidade registou um défice de 10,54 milhões de patacas (1,1 milhões de euros), apontou a DSEC.
Segundo o organismo, em 2020 havia 666 estabelecimentos que se dedicavam a serviços de publicidade (menos 91 que em 2019) e 109 a serviços de organização de convenções e exposições (menos 17 que no ano anterior).
Os dois ramos de atividade empregavam 2.110 pessoas em 2020, menos 789 que em 2019.
Macau diagnosticou o primeiro caso de covid-19 no final de janeiro de 2020, contabilizando até agora apenas 75 casos e não tendo registado qualquer morte provocada pela doença.
Apesar disso, o território mantém fortes restrições fronteiriças, o que levou à diminuição drástica do número de visitantes, prejudicando as atividades económicas da capital mundial do jogo, muito dependente do turismo.
Antes da pandemia, em 2019, Macau recebeu quase 40 milhões de visitantes.
A covid-19 provocou pelo menos 4.813.581 mortes em todo o mundo, entre mais de 235,76 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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