O objetivo passa por melhorar processos e a previsão, e reduzir os impactos dos desastres naturais, sublinhou o diretor do SMG, Leong Weng Kun, em conferência de imprensa.
O novo sistema, que vai entrar em vigor em 01 de setembro, tem três sinais de alerta que serão emitidos de acordo com as previsões de chuva continua por milímetros/hora, explicou Leong, na mesma ocasião.
O primeiro sinal, amarelo, que prevê um registo contínuo de chuva de 20 milímetros numa hora, pretende alertar as pessoas para a precipitação afetar a normal deslocação das pessoas.
O segundo sinal, vermelho, indica ser muito provável a ocorrência de inundações no território e entra em vigor quando a previsão de chuva é de 50 milímetros/hora.
Por último, o sinal preto é emitido quando há risco de deslizamentos de terras e de inundações muito graves, explicou o SMG. O sinal é emitido quando ultrapassados 80 milímetros/hora.
Antes da emissão dos sinais, o SMG entra em contacto com vários departamentos, como a proteção civil e os serviços de Educação, para que estes possam tomar as melhores decisões consoante as previsões.
De 2015 a 2019, se o sistema novo estivesse em vigor, o território teria emitido 148 vezes o sinal amarelo, 12 vezes o vermelho e apenas uma vez o preto. O sistema ainda em vigor emite o sinal de chuva intensa se a previsão de precipitação for de 50 milímetros durante duas horas.
Leong Weng Kun adiantou que caso o sinal 8 da escala de alertas de tempestade tropical esteja em vigor, o SMG não emitirá o sinal de chuva intensa.
Na terça-feira, a presidente da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Terras e Concessões Públicas da Assembleia Legislativa disse que as obras no Porto Interior em Macau para reduzir o risco de inundações podem demorar mais de quatro anos e custar até 33,4 milhões de euros.
Ella Lei afirmou que a informação foi prestada pelos representantes do Governo de Macau, e dada a complexidade dos trabalhos a efetuar, os custos podem atingir valores entre os 200 e os 300 milhões de patacas (22,2 e 33,4 milhões de euros).
A complexidade da intervenção e a necessidade de se realizarem mais estudos justificam o cenário traçado pelo executivo em relação ao custo dos trabalhos e ao prazo estimado, resumiu a deputada.
Na mesma ocasião, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, disse aos jornalistas que vão "começar em breve" as obras de um dos sete projetos para reduzir a exposição a inundações.
A obra deverá custar 26 milhões de patacas (2,9 milhões de euros) e arrancar no terceiro trimestre deste ano, precisou Ella Lei.
As inundações causadas pelas marés e pelas chuvas torrenciais, nos casos mais graves associadas à passagem de tufões, constituem uma ameaça aos moradores e comerciantes na zona do Porto Interior.
As autoridades de Macau preveem quatro a seis tempestades tropicais no território em 2020, algumas delas podendo mesmo atingir o nível de tufão severo ou super tufão.
MIM (JMC) // EJ
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